ATA DA NONAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 22-10-2008.

 


Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maurício Dziedricki, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei do Legislativo nº 234/08 (Processo nº 5727/08); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 239/08 (Processo nº 5831/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1033584, 1033798, 1034024, 1035653, 1035873, 1082397, 1082479 e 1083977/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Septuagésima Oitava e Septuagésima Nona Sessões Ordinárias. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Margarete Moraes questionou informações de que o Prefeito José Fogaça teve de recuperar financeiramente a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, afirmando que o Governo anterior deixou condições adequadas para que houvesse superávit já no começo do ano de dois mil e cinco. Além disso, asseverou que existem receitas, criadas na gestão do ex-Prefeito João Verle, que começaram a ser creditadas somente no atual Governo. O Vereador Luiz Braz, contraditando o pronunciamento da Vereadora Margarete Moraes em Comunicação de Líder, alegou que durante o mandato do ex-Prefeito João Verle a Prefeitura Municipal de Porto Alegre operou com déficit orçamentário. Ainda, argumentou que as verbas federais destinadas à saúde pública em Porto Alegre sofreram sucessivas reduções desde o ano de dois mil e três e reiterou que o Prefeito José Fogaça dedicou o início de seu mandato à recuperação financeira da Prefeitura. O Vereador João Antonio Dib comentou problemas que existem há muitos anos em Porto Alegre, de falhas na identificação de logradouros públicos, afirmando que a imprensa, em vez de criticar este Legislativo por votar projetos de nominação de ruas, deveria questionar o Executivo porque muitos espaços públicos não têm placas que os identifiquem. Ainda, analisou dados relativos aos repasses de recursos federais para a saúde municipal, alegando que o Prefeito José Fogaça não têm culpa das deficiências nessa área. O Vereador José Ismael Heinen protestou contra a falta de aplicação de leis aprovadas nos diversos Legislativos do País, citando legislação aprovada no Rio Grande do Sul e ainda não regulamentada, que obriga o Estado a indenizar vítimas de erros cometidos pelo Poder Público. Nesse sentido, contestou benefícios concedidos pelo Governo brasileiro a anistiados políticos, justificando que esse dinheiro deveria ser destinado a ações sociais que beneficiassem toda a população. O Vereador Alceu Brasinha pronunciou-se acerca de distorções verificadas na divulgação das candidaturas à Prefeitura de Porto Alegre, relatando ter sido abordado por uma senhora que defendia o nome da candidata Maria do Rosário sob o argumento de que, caso o Prefeito José Fogaça fosse reeleito, ele não poderia assumir por estar muito doente. Também, enfatizou a participação desta Casa nas negociações com o Governo do Estado, a fim de tratar da aceleração das obras da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. A Vereadora Maristela Maffei abordou a conjuntura econômica atual, analisando mudanças estruturais e políticas que deverão ser oriundas da crise hoje observada na área financeira em nível internacional. Ainda, propugnou para que as vítimas da repressão ocorrida no País durante o governo de Regime Militar, após o ano de mil novecentos e sessenta e quatro, recebam tratamento respeitoso e tenham meios para resgatar sua história e sua dignidade como pessoas humanas e cidadãos brasileiros. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, o Vereador Dr. Goulart elogiou a gestão do Secretário Eliseu Santos, lembrando medidas implantadas por Sua Senhoria para modernização e qualificação das unidades públicas de saúde do Município. Nesse sentido, mencionando, em especial, a aquisição de equipamentos de ecografia e ultra-sonografia que permitem a interpretação, via internet, por médicos radiologistas, de exames realizados em Postos de zonas periféricas da Cidade. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador Guilherme Barbosa leu o artigo “Duplicação da Diário de Notícias em ritmo acelerado”, publicado ontem no Diário Oficial de Porto Alegre, afirmando que essa obra não é custeada pela Prefeitura Municipal, mas pelo Grupo Multiplan Empreendimentos Imobiliários, responsável pela construção do BarraShopping Sul. Também, denunciou irregularidades no processo de concessão de boxes que integram o Centro Popular de Compras. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 083 e 087/08. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 003/08, o qual, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto, teve sua votação adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 023/08. Em Votação, esteve o Requerimento nº 074/08, o qual teve sua votação adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Margarete Moraes, tendo se manifestado a respeito a Vereadora Margarete Moraes e o Vereador Nereu D’Avila e tendo o tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 299/07. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o transcurso, ontem, do aniversário do Vereador Almerindo Filho, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. A seguir, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/08, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto, e o Projeto de Lei do Executivo nº 025/08. Após, a Vereadora Sofia Cavedon manifestou-se, informando não ter comparecido na Ordem do Dia da presente Sessão por estar participando de reunião com o Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Pública e a direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Mariano Beck. Às quinze horas e dezoito minutos, o Senhor Presidente informou que nada mais havia a tratar, convidou os Líderes de Bancada para reunião com a Mesa Diretora, a ser realizada a seguir, e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero fazer um apelo às Bancadas, especialmente aos Srs. Líderes. Quarta-feira é um dia em que a entrada na Ordem do Dia se dá logo em seguida à instalação da Sessão, portanto faço um apelo no sentido de que as Bancadas convoquem os seus liderados, para que a gente possa logo em seguida adentrar na Ordem do Dia.

Ofereço neste momento às Bancadas que desejarem o espaço de Liderança. (Pausa.) A Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16. Devido à complexidade e à seriedade deste tema, eu prefiro ler a manifestação de hoje (Lê.): “Fogaça não arrumou a Casa. Encontrou a Casa arrumada e com dinheiro em caixa” - ao contrário do que se afirma hoje. “A Administração Popular não só deixou as contas em dia como garantiu que a receita fosse maior que a despesa nos anos seguintes. Fogaça tenta esconder que é péssimo gestor e lento em buscar soluções. A Prefeitura teve superávit já no início do ano de 2005, conforme registram os balanços apresentados pela própria Prefeitura. Ao invés de déficit, a Administração Popular preparou as condições de superávit. Construímos uma Casa com alicerces firmes, capaz de enfrentar fortes vendavais ao longo do tempo. Essa é a verdade sobre as finanças.

“[...] Quando a Frente Popular assumiu o Governo Municipal em 1989, o gasto com pessoal chegava a 98% da receita. A Administração Popular equilibrou as finanças e criou o Orçamento Participativo, oportunizando a participação da população nas decisões e no controle das finanças públicas [...]. Ao longo dos 16 anos foi construída uma estrutura financeira que restabeleceu a capacidade de investir e superar a instabilidade econômica na década de 90 ao ano de 2000. [...] A receita própria mais que triplicou em relação ao período anterior e foi revertida em investimentos e serviços à população”. A partir daí, a Prefeitura teve credibilidade para realizar grandes projetos com financiamentos de instituições como o BNDES, o BID, o Fonplata. Entregamos o Município estruturado financeiramente.

“Na crise de 2002, o Brasil” - ao contrário de hoje, no Governo Lula - “esteve na ‘UTI’, isso durante a Administração de Fernando Henrique Cardoso”. As pessoas que estão assistindo sabem: o dólar chegou a 4 reais; a inflação, medida pelo IGP-M, pulou de 10,38%, em 2001, para 25,31% em 2002. As principais despesas do Município estavam vinculadas ao IGP-M; então todos lembram - ao assumir a Câmara Municipal, eu lembro, fiz um discurso em relação a isso -, no início de 2003, o Governo Verle tomou determinadas medidas, como a desvinculação dos contratos ao IGP-M, a estruturação do Regime de Previdência Municipal, o Previmpa, o que causou grande polêmica nesta Casa, inclusive com a capitalização de recursos para pagamento futuro dos benefícios dos servidores aposentados; trabalhou pela aprovação da Lei Federal do Imposto Sobre Serviços - ISS -, que foi promulgada pelo Presidente Lula. Essa medida aumentou em 15,7% a arrecadação em 2005 e passou a ser a principal Receita na gestão Fogaça em 2006. Também aprovamos nesta Casa a Taxa de Iluminação Pública. Ela foi aprovada em nosso Governo, em 2004, começou a ser cobrada pelo Governo Fogaça, e até agora nada do Programa Reluz.

“No entanto, durante os anos de 2005, 2006 e 2007, o Governo atual cortou gastos nos serviços essenciais, nas políticas sociais e aumentou gastos com consultorias e propaganda, diminuiu os investimentos, mantendo somente as operações de crédito herdadas, uma belíssima herança da Administração anterior, como a 3ª Perimetral, o Conduto Forçado Álvaro Chaves, o Programa Integrado Entrada da Cidade, entre outros”. O Governo Fogaça não soube dar continuidade a todo um ritmo de obras, a todo um ritmo de investimentos que existia na nossa Administração. E porque não conseguiu trabalhar, hoje, fala uma inverdade, culpa a Administração anterior pela sua inépcia, pela sua falta de amor à coisa pública.

“A média anual de investimentos no Governo Verle era de 173,4 milhões de reais, enquanto que no Governo Fogaça a média caiu para 123,3 milhões de reais, uma perda de 50 milhões de reais por ano, valores atualizados para abril de 2008, pelo IGP-M”.

Então, era essa, em tempo de Liderança, a manifestação, que eu li porque são dados muitos sérios que nós queremos, em nome da verdade, que a população de Porto Alegre tome conhecimento. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, minha amiga Verª Margarete Moraes, nós votamos o Orçamento nesta Casa todos os anos. E lembro muito bem que, nos últimos anos do Governo Verle, passamos a votar, Ver. João Dib, déficits orçamentários; aliás, não era comum termos, praticamente, na maioria dos 16 anos em que o PT esteve aqui na Prefeitura de Porto Alegre, déficits orçamentários, nós sempre tínhamos - pelo menos boa parte das Prefeituras -, desde a época em que foi votada a Reforma Tributária, lá em 1989, superávit. Por causa da Constituição de 1988, nós começamos a receber quantias maiores, quantias a serem arrecadadas pelo Município. A Constituição de 1988 foi municipalista, e nós começamos então a ter uma Prefeitura que começou a arrecadar mais.

E aí veio a mentira - que foi contada durante muito tempo e utilizada pelo Governo da época - de que as obras começaram a surgir na Cidade, feitas pela Prefeitura, porque o Orçamento Participativo é que votava. Mentira! Era porque havia dinheiro, antes não havia dinheiro. No Governo Dib, por exemplo - foi quando entrei como Vereador aqui na Casa -, o Orçamento era reduzido. No Governo Collares, o Orçamento era reduzido, as obras de saneamento eram feitas pelo Governo Federal. Então, o Orçamento do Município, a receita do Município era uma receita menor. A partir de 1989, por causa da Constituição de 1988 e por causa da Reforma Tributária, que foi feita aqui no Município, nós passamos a ter maiores arrecadações, por isso começamos a ter superávit.

Quando chegou o Governo Verle, o que aconteceu, Ver. Haroldo de Souza? Nós, que votamos o Orçamento aqui todos os anos, começamos a votar déficits orçamentários. Quando chegou o ano de passagem do Governo Verle para o Governo Fogaça, nós votamos aqui um déficit orçamentário bem elevado. Além do déficit orçamentário bem elevado, aconteceu algo que foi denunciado depois pelo Ver. João Antonio Dib, que segue muito bem as contas, e que depois pôde ser visto por todos os Vereadores aqui da Casa: as receitas da Saúde - aquilo que vinha para a Saúde, aqui para o nosso Município -, Ver. Dr. Raul, sofreram um apequenamento, receitas da Saúde que recebíamos aqui e que votamos também aqui no Orçamento. É que houve a assinatura pelo Governo Verle, lá no final do mês de dezembro, de um contrato que levava boa parte da arrecadação, que era aqui do Município, para o Hospital Conceição. E aqueles repasses que eram feitos para a Saúde, que vinham para que pudéssemos sustentar os postos de saúde, os leitos em hospitais, aqueles 300 milhões de reais que nós recebíamos aqui, começamos a receber, então, “com perna de anão”, porque parte daquele dinheiro ia, exatamente, para o Grupo Conceição.

Então, não custa vir aqui e dizer a verdade, afinal de contas nós temos a obrigação de esclarecer bem a opinião pública. Essa é a nossa obrigação! Não precisamos vir aqui e, de repente, tentar contar uma história magistral do que aconteceu. Olha, basta contar exatamente o que aconteceu! Esse relato que eu estou dando aqui é uma síntese - porque todos nós só temos cinco minutos neste período - dessa história orçamentária, que terminou, com toda certeza, lá na passagem do Governo Verle com um grande déficit orçamentário, e que nós votamos aqui, algo que depois foi recuperado no Governo seguinte, quando o Fogaça exerceu a sua primeira atividade como Prefeito em Porto Alegre.

Tudo isso é para que possamos colocar aqui a verdade dos fatos, dentro daquilo que foi acompanhado, dentro daquela seqüência do planejamento orçamentário que tivemos de 1989 para cá, quando houve exatamente a Reforma Tributária, que trouxe maiores recursos, junto à Constituição de 1988, para o Orçamento do Município de Porto Alegre.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, o Prefeito Tarso Fernando Genro não cumpriu uma lei, que era a de fazer a identificação dos logradouros públicos no ano de 1995. Não cumpriu e não executou a Emenda que ele sancionou, colocada num orçamento de 150 mil reais, para que essas placas pudessem ser colocadas, não utilizou os recursos. Portanto, eu tenho uma restrição com ele em razão disso; além de outras, é claro. O Prefeito Fogaça também em 2007 - declarado Ano de Identificação de Logradouros, mas sem que se colocasse verba orçamentária - não colocou as placas, então eu tenho restrições. Agora, com o Prefeito Fogaça eu não tenho restrições em relação à Saúde. Eu devo dizer a V. Exas que a partir de hoje, em todos os dias que eu puder, vou reclamar da identificação dos logradouros de Porto Alegre. É um pequeno grande problema em Porto Alegre. Um muito grande problema de Porto Alegre é a falta de placas denominativas dos logradouros, está legislado desde 1951, como devem ser colocadas, reiteradas no Código de Posturas de 74, de autoria deste Vereador, e outras várias alterações, possibilitando até que sejam feitas com publicidade as placas denominativas dos logradouros.

Portanto, em vez de criticarem a Câmara, porque denomina os logradouros, e isso é comum na imprensa, deveriam criticar por não haver o nome nas ruas da Cidade. Todas as ruas deveriam ser denominadas. Até acho que já melhoramos muito quando aprovamos a Emenda de minha autoria - e não vem mais ao Plenário, nós aprovamos na Comissão de Educação e Comissão de Justiça -, não há por que se preocupar. Agora, devemos autorizar o Executivo, até fazer por decreto a denominação de logradouros, porque há centenas de logradouros que ainda não foram denominados.

Mas eu dizia que, em matéria de Saúde, eu não tenho restrições ao Prefeito Fogaça. Em 2002, era Prefeito João Verle, que recebeu de Fernando Henrique Cardoso, para a Saúde, 307 milhões de reais. Em 2003, era Prefeito João Verle e recebeu do Presidente Lula apenas 251 milhões de reais para a Saúde, isto é, nominalmente, menos 56 milhões. Mas, se eu corrigir, como deve ser feito, pelo IGP-M, ele deixou de mandar para Porto Alegre 86 milhões. Em 2004, era Prefeito João Verle, e o Presidente Lula mandou 265 milhões de reais, 42 milhões de reais menos do que Fernando Henrique Cardoso havia mandado em 2002. Agora, se eu corrigisse, teriam de ser 115 milhões para se igualar os 307 milhões. Portanto, eu não tenho nenhuma restrição, até porque, em 2004, o Prefeito João Verle, com as luzes já apagadas, fez um convênio com o Grupo Hospitalar Conceição e passou a maior parte daquele dinheiro que veio para os atendimentos de média complexidade para o SUS; a maior parte não fica na Prefeitura, vai direto para o Grupo Hospitalar Conceição e para o Hospital de Clínicas. Então, o Prefeito Fogaça não tem culpa das deficiências da Saúde. E essas promessas de resolver tudo com a Saúde, se mudarem as coisas, são só promessas. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; nobres Vereadores e Vereadoras, hoje volto novamente indignado com o que foi publicado no jornal Zero Hora, de que as leis não saem do papel - como a lei dos desmanches, já aprovada, mas não regulamentada. Não sai do papel o monitoramento de presos, algo aprovado, sancionado, como também a blindagem dos bancos e o uso do capacete. Também o amparo às vitimas e aos familiares, que eu venho bater novamente, em contraposição a essa Caravana da Anistia, que se alastra, agora, pelos rincões deste Brasil, buscando adeptos para formar um exército de adeptos de privilegiados, formando uma plêiade política, uma república paralela dentro deste País, subsidiada pelos impostos dos nossos trabalhadores. Foi aprovado no Estado do Rio Grande do Sul e em outros Estados que todas as vítimas acometidas pelo Estado teriam que ser indenizadas; foi sancionada, mas também não foi regulamentada, uma vez que o Poder Público não tem dinheiro suficiente para arcar com essas indenizações.

Em relação a este ato que consternou o Brasil todo lá em São Paulo - a morte de Eloá e o ferimento de Nayara -, o Estado é responsável, sim. Agora, esses não têm o abrigo da lei, o que os anistiados têm! Percorrendo o Brasil, buscando mais adeptos, gastando bilhões e bilhões do imposto do povo brasileiro. Uma lei feita para privilegiar apenas uma parte de brasileiros, não sei como o Ministério Público Federal ou a Justiça Federal não tornam inconstitucional essa lei, porque ela não é para todos os brasileiros. Como serve para eles não serve para os familiares da Eloá, para os familiares da Nayara, para a própria Nayara, que levou um tiro no rosto, que não vai ter a mesma plasticidade de sempre? Para esses não tem dinheiro, mas a Caravana da Anistia continua percorrendo o Brasil, buscando mais adeptos.

O que seria essa indenização aos anistiados? Seria o quê? Seria, de repente, uma compensação ao prejuízo que sofreram essas pessoas, que na época eram contra o regime militar? Elas tiveram prejudicado o andamento da suas vidas? Foram prejudicadas financeiramente? Mas prejudicados financeiramente...? Quer dizer, atrapalhou a trajetória do Presidente da República ele ter sido contra na época? Como Dilma Rousseff e Petracco? Um milhão de reais! Aliás, todos, agora, apareceram na televisão, por coincidência, Ver. Luiz Braz, juntos, na mesma hora. Como Raul Pont e Raul Carrion, fazendo campanha partidária agora, aproveitando a Caravana da Anistia para não fazerem despesa; para virem ao Estado e participarem de programas de televisão.

Agora, indigna-me muito ver que aquele cidadão brasileiro, pagador dos seus impostos, quando ele é prejudicado, para ele não há dinheiro; agora, para essa Caravana, há. Torcíamos, com certeza, acompanhando as declarações do Presidente Lula, que dizia esta crise internacional não afetaria o Brasil; agora, já tenho minhas dúvidas. Fazia força para que não viessem os 23 bilhões para segurar o dólar já gasto pelo País. Aqui, vemos a GM paralisada, com dias de descanso para os funcionários; como os investimentos já previstos que estão parados, e o Governo não faz a sua parte, não economiza.

Por que o Governo não pega esse dinheiro dos anistiados para fazer casa para os pobres, para aqueles que merecem? Por que o Presidente da República, a Ministra Dilma, esse pessoal todo têm que receber esse dinheiro, ao qual não fazem jus, a fundo perdido da Previdência, sem terem contribuído com um centavo, e ainda não vão precisar pagar Imposto de Renda sobre o valor. Então, por isso acho que é hora de nós pensarmos. Essa lei, com certeza, vem para apaniguar e sujar a consciência de uma pátria justa, de uma República justa, porque esse dinheiro do imposto, Ver. Brasinha, tem que ser para todos os brasileiros, não apenas para alguns. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. Elói, nós, que somos lá do outro lado, sempre procuramos manter a convivência no bairro. Esta semana, segunda-feira - e tenho certeza absoluta de que não é coisa mandada pelo Partido dos Trabalhadores, pois acredito na dignidade dos Vereadores e da candidata à Prefeita Maria do Rosário -, uma senhora bateu à porta da minha casa. Gostei, ela “bateu um papo” comigo; chegou argumentando no sentido de que nós, que somos do bairro Passo da Areia, Vila IPI, votássemos na Maria do Rosário. Por quê? Eu estava comentando agora, há poucos minutos, com a Verª Maria Celeste, que certamente não se trata de gente que se agrega e não faz campanha. Aquela senhora simplesmente argumentou que, se o Prefeito Fogaça ganhasse, ele não teria condições de comandar, porque estava muito doente.

Ver. Elói Guimarães, a mulher começou com um bom papo, deu-me até este panfleto. (Mostra o panfleto.) Ver. Adeli, ela me entregou este panfleto, e eu simplesmente fiquei quieto, mas fiquei abismado com a atitude daquela senhora, tenho certeza absoluta de que o que ela disse não havia partido dos Vereadores, nem do Partido dos Trabalhadores, porque acho que eles não têm essa índole, mas tudo bem. Eu fiquei pensando assim: “Como essas pessoas gostam de usar estratégias diferentes”. De repente nem fazem parte de nada, Ver. Haroldo, porque qualquer um de nós pode ser vítima de qualquer ameaça, e, até provarmos o contrário, estaremos errados.

Tenho certeza absoluta de que isso jamais partiu do Partido dos Trabalhadores. E mais: ela nem me conhecia, até dei uma atenção especial a ela, eu não a conhecia, ela bateu à porta da minha casa. Ver. João Bosco Vaz, eu não estou louco, não. O senhor pode até ter os seus problemas, também, de loucura, mas eu não estou, jamais eu mentiria! Está, Vereador? O senhor tem a mania de querer dizer que sabe tudo, e não é assim, Vereador. O senhor tem que respeitar quem está na tribuna, porque, de mais a mais, eu também sou Vereador...

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Com certeza, com certeza, eu sempre fui um dos que elogiaram muito V. Exª lá na Secretaria; aliás, o senhor fez bastante por Porto Alegre, mas tem mania de fazer piada, e o senhor acha que eu vou agüentar isso. Não é assim! Eu tenho que respeitar as pessoas que votaram em mim.

Ver. Dr. Goulart, ontem eu estava na Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Lembro como se fosse hoje: eu e a Verª Maria Celeste, mais os Vereadores Elias Vidal, Ervino Besson e Luiz Braz estivemos visitando a Av. Baltazar com aqueles problemas seriíssimos que estavam acontecendo. Na época tivemos uma audiência no Colégio São Francisco - não é, Ver. Elói Guimarães? Agora, Vereador, a Av. Baltazar, Ver. Guilherme, o senhor sabe, está ficando linda, o trânsito já começou a andar mais rápido, está quase pronta, e o povo está feliz. Eu lembro que o Vereador-Presidente Sebastião Melo foi um dos primeiros a marcar uma reunião da CUTHAB para nós lá no Colégio São Francisco. Não é verdade, Presidente? O senhor marcou, e nós estávamos lá debatendo. Mas ontem, quando estávamos lá olhando, lembrei daquele cidadão que era contra as obras da Av. Baltazar de Oliveira, ele pregava, a todo o tempo, a todo minuto, que a Av. Baltazar de Oliveira não ficaria pronta este ano. Por que ele agora não vai lá mostrar que a Av. Baltazar está pronta? E tem nome, eu dou o nome: Sr. Terres, ele jogou contra a Governadora sempre, porque a Av. Baltazar não saía, Ver. João Bosco. Eu sou teu amigo sempre, mas quero dizer para ti que as obras da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, Ver. João Antonio Dib - o senhor foi Prefeito por 999 dias -, está quase pronta, e nós, Vereadores, vamos festejar, porque a comunidade precisa. Nós queremos a Av. Baltazar pronta.

 

(Aparte anti-regimental.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, graças à ação dos Vereadores, de todo o mundo aqui da Câmara de Vereadores. A nossa ex-Presidenta Verª Maria Celeste foi várias vezes conosco, visitamos a Av. Baltazar, fomos às reuniões, e, graças a Deus, Ver. Haroldo, a avenida está quase completa, não vai demorar mais do que trinta dias para terminar, podem ter certeza absoluta disso. Obrigado, senhores.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, disse o Ver. Haroldo de Souza: “Vereadora, conheço seu gênio.” É engraçado! Aqui nesta Casa, os homens batem, brigam, aí tem um nome! Agora, quando é mulher, é questão de gênio. Poxa! Fui eleita ou reeleita, ou 1ª Suplente, que seja, há três mandatos, tem gente que gosta, vota na gente, não é, Ver. Brasinha? É assim, Partido é parte, e as pessoas se identificam com um jeito, e este é o meu jeito. Às vezes, a gente está terna, às vezes a gente briga, mas a gente luta por aquelas coisas em que acredita. O Ver. Haroldo de Souza é um narrador, uma pessoa potente no tom de voz e no jeito de falar, e é também um grande Vereador, respeito-o muito, ele sabe disso.

Quero trazer, neste momento, o assunto introduzido no início pelas Lideranças. Na verdade, todos nós estamos muito preocupados com a atual crise internacional; em outros tempos, durou em torno de cinqüenta a sessenta anos toda uma crise internacional, mas depois ressurgiu o capitalismo com outro nome - no momento, chamamos de globalização, seja qual for -, ele sempre ressurge. Sabemos exatamente por que naufragamos e por que ele ressurge com tanta força. Algumas estruturas permanecem, outras caem, e outras voltam muito mais vigorosas, deixando cada vez mais distantes aqueles que têm o poder daqueles que se mantêm em uma miséria causada por aquele que mantém o oligopólio internacional. Também sabemos que a conseqüência imediata é uma grande turbulência, ela está se alternando de uma forma caótica, e esse sistema o mundo está experimentando neste momento - a gente sabe que isso vai seguir -, sabemos que nesta crise a tendência, também, é de novamente não baixar de vinte a cinqüenta anos. Hoje, infelizmente, todos esses que detêm o poder empurram em qualquer direção. E é melhor todos nós ficarmos atentos, porque emergirá uma ordem desse caos, com muitos caminhos diferentes para cada país.

E aí, Ver. Ismael, temos que refletir e cuidar para não atirarmos no nosso próprio pé. Por que, Vereador? Porque sabemos que aqueles que se alinharam imediatamente com a história do nosso País e da América Latina, em especial, e os países subdesenvolvidos, que ficam à margem esperando as migalhas de quem detém o poder, acabam, sim, afundando de vez. Nesse aspecto, Vereador, o senhor argumenta o fato de que as nossas mulheres e os nossos homens públicos de esquerda, ou democráticos, do nosso País, pessoas que sofreram a repressão de uma ditadura militar miserável, que amargou milhares de pessoas, conseguiram se articular e ser, de alguma forma, ressarcidas por tanta humilhação nas suas perspectivas de vida...! Nós deveríamos é aplaudir! Nada mais digno e nobre do que um país olhar para os seus e devolver a eles o que lhes é de direito! Muitos não vão receber, Vereador - o senhor está fazendo um sorriso irônico, infelizmente, pois está fazendo um viés político dos seus sentimentos e de quem o senhor defende nesta Casa -, não vão receber sabe por que, Vereador? Porque não podem, porque foram mapeados, mortos e assassinados no DOPS. Suas ossadas estão dissolvidas no lago Guaíba ou em outros lugares, não irão aparecer mais, foram dissolvidas em soda, devido a execuções sumárias que os muitos dos seus fizeram na história.

Então, quando vamos fazer uma análise, temos que ter responsabilidade, fazer uma análise estrutural e conjuntural - uma análise estrutural, quando nós olhamos o mundo inteiro; e uma análise conjuntural, quando olhamos o nosso próprio umbigo -, não misturar as coisas pelo bem da história, para sermos homens e mulheres dignos de dizer que estamos num País em que, apesar de todos os problemas, podemos olhar para frente e com dignidade, num viés democrático, e não ainda sendo viúvos ou viúvas daqueles que acometeram este País, que o abandonaram, que o desolaram, que torturaram, que dizimaram pessoas. Vossa Excelência disse o que disse, e nós ouvimos. Eu o ouvi séria e triste; o seu olhar está sendo diferente, está sendo irônico, está rindo. Mas a minha postura, Vereador, é de quem acredita no que está dizendo, assim como Vossa Excelência. Tenho certeza de que a maioria das pessoas pensam como eu, porque lutaram pela democracia. Não vamos confundir a crise que nos assola com a desgraça alheia dos que vivenciaram aquele período, porque quem estava no poder - militares e uma parte grande de civis - se valeu disso, eles acabaram com o nosso País e com a democracia. Então, respeitar os ideais é algo que não podemos esquecer; quando começa a sua liberdade, começa a de todos os outros Pares que têm assento nesta Casa. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, muito querido Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria falar de um avanço que aconteceu na Saúde da Cidade, Ver. Aldacir Oliboni; um avanço mesmo, objetivo, material, concreto, que aconteceu na cidade de Porto Alegre, que é o fato de alguns postos de saúde, em número de três, agora - um na Restinga, um na Lomba do Pinheiro e outro na Roosevelt - possibilitarem às gestantes o exame de ecografia. Os senhores sabem que dificuldades passaram as nossas grávidas nos últimos anos - sem poder fazer exame de ecografia, ultra-sonografia, aquele exame que diz como é que está o nenê dentro da barriguinha da grávida, quantos nenês são, desde o início, se ele está se desenvolvendo bem, uma série de dados. A ecografia nos dá até o sexo do nenê.

E o interessante é que isso se aliou a uma tecnologia de ponta, Ver. Dr. Raul, meu colega médico, que é o seguinte: o médico que está nesses postos de saúde, nessas Unidades Básicas de Saúde, usa o ecógrafo, passa o aparelho transdutor - que é como se chama aquela estrutura que vai em cima da barriguinha da gestante -, e um médico técnico radiologista interpreta à distância e, na hora, já passa, pela Internet, o resultado do exame. Isso faz com que tenhamos de tecer loas ao Secretário de Saúde, Eliseu Santos, que, só por isso, já proporcionou um avanço enorme, Ver. Luiz Braz, na Saúde da nossa Cidade! Claro que eu espero que essas três Unidades se multipliquem, até o fim do ano, em dezenas de Unidades e que, mais adiante, sejam centenas de Unidades.

Então, nós obtivemos um avanço muito grande, o qual a imprensa não está divulgando. Que pena que a imprensa gosta mais de divulgar, às vezes, os fatos mais negativos, e os positivos, quase não. Nós precisávamos colocar todo dia no jornal isso, a fim de que a população soubesse do seu direito, para que as Unidades de Saúde, junto às associações, também lutassem para que, no seu posto de saúde, houvesse isso. Ecografia, Ver. João Antonio Dib, um exame que não havia até pouco tempo; as mulheres tinham de juntar o seu parco dinheirinho e pagar, comprar o serviço num lugar particular.

Eu queria cumprimentar o Ver. Eliseu Santos, pois ele teve algumas iniciativas, como essa de começar a arrumar o posto de saúde, saindo de dentro do seu gabinete e indo para os bairros. Isso quase nenhum outro Secretário, nos últimos vinte anos, fez. Então, temos que dizer: que bom! A ecografia obstétrica, a ultra-sonografia, o diagnóstico e o acompanhamento do nenê pelo SUS são uma realidade na cidade de Porto Alegre! A gente nunca deve dizer que é gratuito, porque isso não é gratuito; os impostos que nós pagamos é que permitem que aconteçam esses exames. Esse serviço não é gratuito, é pelo SUS, pela grande transformação social que o Brasil lavrou na sua Constituição, que foi o Sistema Único de Saúde. Não existe em lugar nenhum do mundo um sistema que dê exames, consultas, cirurgias, UTIs, próteses, transplantes, tudo isso sem dispêndio monetário algum por parte do usuário do SUS. Porque antes nós já pagamos os impostos todos à Nação, e a Nação deve nos devolver essas contribuições em serviços. E isso começa a acontecer, e temos que saudar esse acontecimento. Eu, como obstetra, louvo a atitude do Secretário Eliseu Santos, que, junto com a PROCEMPA, numa tecnologia de ponta, permitiu esse engrandecimento da saúde das grávidas e dos seus conceptos, dos seus nenezinhos, que estão alojados em suas barrigas. A PROCEMPA, através de grande serviço técnico, faz com que lá se tome a imagem, que será analisada num determinado local de estudiosos e voltará para o posto de saúde. Muito obrigado, Ver. Sebastião.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham: talvez, Ver. Dr. Goulart, a imprensa não publique algumas dessas informações - mesmo uma grande parte protegendo o Prefeito Fogaça, como a gente sabe - pelo fato de algumas coisas acontecerem nas vésperas da eleição. Pode ser isso. E o Diário Oficial do Município, de ontem, traz na capa uma matéria que é um escândalo - um escândalo, repito: “Duplicação da Diário de Notícias em ritmo acelerado”. (Mostra o jornal.) Diz o texto, Ver. João Carlos Nedel, que a Prefeitura concluiu 70% do serviço de terraplenagem da Av. Diário de Notícias, no trecho entre o Estaleiro Só e a Av. Guaíba. E assim vai. Mais adiante diz (Lê.): “A obra, realizada pela SMOV [está escrito aqui, não estou inventando], está orçada em R$ 12 milhões”. Aquela obra, colegas Vereadores - acho que a maioria da população de Porto Alegre sabe -, é completamente bancada pelo BarraShoppingSul; foi e é uma contrapartida estabelecida ainda entre o Prefeito Raul Pont e os empresários. Contrapartida para a Cidade: alargamento da Av. Diário de Notícias, retirada das setecentas casas populares, rótulas ampliadas, melhoria de drenagem e assim por diante. Tudo é obra da Multiplan, do BarraShopping, e o jornal da Prefeitura, o Diário Oficial, diz que a obra é da SMOV! E há declaração do Superintendente, o Engenheiro Civil Adriano Gularte...! Mas é uma coisa escandalosa!

 

(Aparte anti-regimental.)

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Pois é, talvez seja parente do senhor...

Isso é uma coisa escandalosa! Será que é por estarmos em véspera de eleição?

Também quero trazer outro tema do jornal Diário Gaúcho de ontem, coincidentemente, terça-feira: “Polêmica no camelódromo. Sorte para uns, azar para outros”. Numa Audiência Pública da CEDECONDH, Ver. Luiz Braz, um senhor, no meio da reunião, foi a esse microfone de apartes e disse: “Eu, que estou na lista de espera, fui à SMIC e me mandaram falar com Fulano. Fui falar com Fulano, e ele me disse para ligar para um telefone, que assim eu conseguiria um box.

Liguei, e o número deu na Imobiliária Ponto Pronto!” E ele disse: “Por coincidência, acabei de receber um telefonema dessa imobiliária”. Eu disse: “O senhor acabou de receber? Traga o telefone aqui.” Ele trouxe o celular, copiei o número do celular, ligamos na hora, e o número deu nessa Imobiliária Ponto Pronto, que fica na Rua Vigário José Inácio. Demos o telefone e tudo o mais para a imprensa. Foi oferecido a ele um box por 12 mil reais. Tudo colocado aqui, e a imprensa não publica.

E está no jornal Diário Gaúcho de ontem que o Sr. Juarez Gutierrez de Souza, que muitos de nós conhecemos, militante lá em Viamão, candidato a Vice-Prefeito, tem um box.

A reportagem o procurou na sua banca, e ele não estava, tinha alguém trabalhando para ele. Por coincidência ou não, colegas Vereadores - olhe a coincidência, Ver. João Bosco Vaz -, está aqui na reportagem: Juarez é irmão do atual Presidente do Sindicato dos Camelôs e ex-funcionário da SMIC. Que legal isso! Ele é Presidente do Sindicato e funcionário da SMIC! No Governo do Fogaça, o irmão de Moacir Gutierrez vai ter um box no camelódromo, Ver. Brasinha. É uma beleza isso! Uma beleza! Havia um pedido dos oitocentos camelôs.

Demorou muito! Até que, numa reunião da Governança, se comprometeram, e foi mandado. E agora, com a lista dos oitocentos, coisas como essas aqui estão aparecendo. Houve denúncia aqui de venda de box, e agora o próprio jornal Diário Gaúcho mostra que tem gente que não tem nada a ver com camelô e está lá. E a lei aprovada nesta Casa era para os camelôs. Vai ter muito espaço vendido para comerciante estabelecido, e o espaço era apenas para camelô. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 083/08 – (Proc. nº 5493/08 – Mesa Diretora) – requer que o período de Comunicações, no dia 03 de novembro, seja destinado a assinalar o transcurso do 150º aniversário da Associação Comercial de Porto Alegre - ACPA. (Incluído em 08-10-08.)

 

REQ. nº 087/08 – (Proc. Nº 5900/08 – Ver. Claudio Sebenelo) – requer seja o período de Comunicações do dia 30 de outubro, destinado a assinalar o transcurso do Mês do Idoso. (Incluído em 20-10-08.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o bloco composto pelos seguintes Requerimentos: Requerimento nº 083/08, de autoria da Mesa Diretora, e Requerimento nº 087/08, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0172/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/08, que autoriza a alienação de uma faixa de terra, em forma de polígono, situada nos fundos do terreno que faz frente à Rua Cinco de Novembro, lado par, distanciado 90,60m da Rua General Gomes Carneiro, matrícula 72.898 do Registro de Imóveis da 2ª Zona, e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

 - da CEFOR. Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 13-10-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 003/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 003/08.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu vou encaminhar contrariamente por uma razão muito simples: eu sou coerente. Na Rua Marquês do Pombal havia um terreno do DMAE com as mesmas condições, e lá residiu, por longo tempo, um servidor, e lhe foi dado Direito Real de Uso. Nessa área do Reservatório Catumbi, concluído na época em que eu fui, pela primeira vez, Diretor do DMAE, também residem funcionários. Eu acho que deveria ser correto usar o mesmo remédio, dando a eles o Direito Real de Uso, mantendo-os lá. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 003/08.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, nós aprovamos aqui nesta Casa inúmeras leis de origem do Executivo autorizando alienação de terras urbanas no Município de Porto Alegre, e a maioria delas ficam em áreas centrais do Município de Porto Alegre. O Ver. João Antonio Dib, aqui, já deu o primeiro tom da discussão, e, quando ele se pronuncia que é contrário, eu venho aqui, em nome da nossa Bancada, do Partido dos Trabalhadores, dizer que também somos contrários.

Mas quero acrescentar, Ver. Dr. Goulart, mais um ingrediente a essa discussão. Vossa Excelência, que esteve ontem participando conosco da reunião da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo Ver. Guilherme Barbosa, sabe que há uma política de reassentamento urbano que está excluindo do perímetro central todas as vilas irregulares, tentando jogá-las para a periferia da Cidade. E, ao mesmo tempo, o Executivo traz a esta Casa Projeto para continuar vendendo áreas urbanas nas áreas centrais, ou alienando, Ver. João Antonio Dib; nós nos associamos a V. Exª em relação ao voto contrário, mas por esse outro viés, também da política pública do Município de Porto Alegre. Por quê? O que está dito? Que estão reassentando uma comunidade - que é a do Chocolatão - há 18 quilômetros do local onde eles estão porque não há área pública nos arredores.

Ver. Dr. Raul, que trabalha com a periferia e com o público da reciclagem: nós queremos receber do Executivo Municipal os estudos de todas as áreas públicas municipais existentes na região central e na região intermediária da Cidade para construir políticas públicas, entre elas a do reassentamento das famílias. Portanto, mandar o Projeto A, o Projeto B, o Projeto C, para vender ou alienar pedaços de terra ou nesgas de terra em diversas regiões da Cidade, sem apresentar uma política de estruturação urbana, é um descaso com a estruturação pública do Município de Porto Alegre, aproveitando um potencial que se chama Patrimônio Público Municipal. Esse Patrimônio Público Municipal - e esta Casa tem autonomia e autoridade para dizer “sim” ou dizer “não” quanto ao destino dessas áreas - não pode ser analisado de uma forma única e exclusivamente econômica ou economicista, ou seja, alienar, destinar ou vender. Nós temos que analisar aqui o que fazemos com esse Patrimônio Público para qualificar urbanística e socialmente a cidade de Porto Alegre.

Ver. João Antonio Dib, volto a dizer que nós nos somamos à sua fala, mas acrescentamos um segundo conteúdo: destinar os próprios públicos municipais, para que eles se revertam e convertam para estruturação urbana. E dentro da estruturação urbana há um ponto que se chama reassentamento habitacional, a regularização fundiária das famílias que estão localizadas, Ver. Elias Vidal, no perímetro central da Cidade. Portanto, antes de propormos uma política de exclusão do perímetro central... Ver. Professor Garcia, o seu Governo não veio ontem à reunião da Comissão de Direitos Humanos dizer por que essas famílias estão sendo retiradas, sem o acordo, da área central, antes que se apresente esse mapa da reestruturação urbana. Ver. Dr. Goulart, o senhor se comprometeu com esse debate ontem, lá na Comissão. Portanto, agora é hora de nós discutirmos: para que servem as áreas públicas municipais da área central, que elas respondam a uma política pública. E essa política pública tem que ser da estruturação urbana e da inclusão social. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sr. Presidente, este Vereador solicita adiamento de votação do PLE nº 003/08 por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Peço que V. Exª encaminhe à Mesa, por escrito, o seu Requerimento.

Em votação o Requerimento do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2896/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 023/08, que declara de utilidade pública a Fundação Empresa-Escola de Engenharia da UFRGS - FEENG.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 20-10-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE n° 023/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE n° 023/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 074/08 – (Proc. Nº 5265/08 – Verª Sofia Cavedon) – requer Moção de Repúdio à Revista Veja, pelo tratamento dado aos professores do Brasil em matéria publicada. (Incluído em 08-09-08.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, o Requerimento n° 074/08, de autoria da Verª Sofia Cavedon (Pausa.)

Solicito à Diretoria Legislativa o Requerimento, para que eu possa fazer sua leitura. Suspendo a votação para bem informar o teor ao Plenário, já que há dúvidas.

Leio o Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon: “Sr. Presidente, a Vereadora que esta subscreve requer a Vossa Excelência que, após os trâmites regimentais, com fundamento no art. 95 do Regimento deste Legislativo e no parágrafo único do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, seja encaminhada a seguinte Moção de Repúdio à revista Veja pelos motivos que passo a expor: pelo tratamento dado aos professores do Brasil ao analisar seu trabalho de maneira caricata, superficial e desrespeitosa, em matéria publicada na edição número 2.074, de 20 de agosto de 2008. Solicito que esta Moção seja encaminhada aos destinatários a seguir relacionados: revista Veja, Cpers/Sindicato, Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa); Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS); Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino), Conselho Estadual de Educação, Ministério da Educação (MEC)”. Não há juntada da matéria, apenas o Ofício.

 

A SRA. MARGARETE MORAES (Requerimento): Vossa Excelência suspendeu a votação anterior para esclarecimentos, e é o mesmo caso. Como a Verª Sofia Cavedon, autora deste Requerimento nº 074/08, não está presente, eu gostaria de adiar a votação do Requerimento para a próxima semana.

 

(Manifestação do Plenário.)

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Nós estávamos votando, e o Presidente suspendeu a votação. Por favor, todos vocês são testemunhas, estou solicitando que seja suspensa a votação, para depois votarmos com a presença da Verª Sofia.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Acho razoável o adiamento, até porque, na realidade, nós, advogados, trabalhamos com processos; V. Exª, que também é um brilhante advogado, sabe disso. Claro que a palavra da Vereadora merece fé pública, mas, para a posteridade, há necessidade, nos autos, de que venha a comprovação real do que foi dito, porque senão pode ser sim, pode ser não, pode ser metade, pode não ser... Então, adiando, a Vereadora poderia acostar aos autos a reportagem na íntegra, até para esclarecer o nobre Plenário.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço as manifestações. Ao Presidente, instado por quem quer que seja do Plenário sobre alguma dúvida, cabe um esclarecimento de pronto. Foi o que fiz e acho diligente a posição da Vereadora Margarete, portanto acolho o seu Requerimento e o coloco em votação.

Em votação o Requerimento de autoria da Verª Margarete Moraes, solicitando adiamento de votação, por uma Sessão, do Requerimento nº 074/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. João Bosco Vaz e do Ver. João Antonio Dib.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 8726/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 299/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que altera a ementa da Lei nº 9.656, de 21 de dezembro de 2004 – que oficializa, no âmbito do Município, a Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre (FEPOAGRO) e dá outras providências –, e inclui art. 2º-A nessa Lei, instituindo a Semana Municipal Fepoagro, a ser realizada anualmente, na quarta semana do mês de março, e dando outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Mauro Zacher: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 12-05-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL n° 299/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Neste momento quero convidar o Ver. Almerindo Filho, que esteve de aniversário ontem, para receber os aplausos de todos os seus colegas e um cartão pela passagem do seu aniversário. Parabéns, Vereador. (Palmas.)

 

(Procede-se à entrega do cartão de aniversário ao Ver. Almerindo Filho.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Tendo sido rigorosamente cumprida a Ordem do Dia, passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3356/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 025/08, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Agência de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre – INOVAPOA, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.

 

PROC. Nº 5271/08 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/08, de autoria dos Vereadores João Carlos Nedel e outros, que inclui incs. VIII, IX, X, XI e XII no art. 49 da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental –, e alterações posteriores, ampliando o rol de instrumentos urbanísticos de intervenção no solo para o cumprimento da função social da propriedade, e altera o Regime Urbanístico da Subunidade 03 da Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 094 da Macrozona (MZ) 03, constante no Anexo 1.2 dessa Lei Complementar.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

(O Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Ervino Besson; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, temos em Pauta hoje dois Projetos, um é de origem do Executivo Municipal, e outro é do Ver. João Carlos Nedel, que é da base do Governo Fogaça. O primeiro Projeto estabelece o plano de carreira dos Funcionários da Agência de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre - Inovapoa -, dispõe sobre o plano de pagamento e dá outras providências. O segundo Projeto é do Ver. João Carlos Nedel e outros e propõe uma alteração no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, a Lei nº 434, a qual quero trazer ao debate.

Pessoal, se o Ver. João Carlos Nedel é da base do Governo, se este Governo, que teve a responsabilidade de fazer a revisão do Plano Diretor nos seus quatro anos de Governo, não fez um trabalho decente, sob os princípios da democracia participativa... Ver. Luiz Braz, nele deveria ter elaborado estudos e propostas para que a Cidade pudesse fazer discussões; estudos em que apresentasse, na estratégia de qualificação ambiental, a área do patrimônio natural do Município de Porto Alegre - a SMAM deveria ter feito isso, na época sob a responsabilidade do Ver. Beto Moesch, e não fez -; deveria ter feito, sob a responsabilidade da Secretaria da Cultura, a elaboração e o estudo do patrimônio cultural, o que fez sem dialogar com a Cidade; deveria ter feito os estudos de um novo sistema viário e de mobilidade urbana de Porto Alegre, e não fez.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, acho de muita importância realmente a discussão que V. Exª propõe, é um Projeto também assinado por este Vereador e por vários Vereadores da Casa, mas acredito que há coisas sobre as quais temos a obrigação de nos debruçar, como é o caso, por exemplo, de toda essa revisão que foi feita pelo Estatuto da Cidade e que deve ser introduzida aqui no nosso Plano Diretor e de algumas outras revisões que não podem ficar esperando que nós, no conjunto, possamos votar essa revisão total. Sei que V. Exª conhece bem o tema, pode dar uma boa contribuição para que possamos chegar à escolha desses temas, os quais poderemos votar ainda neste ano aqui na Casa.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. Luiz Braz, agradeço muito a sua contribuição, V. Exª vem a colaborar com o espírito da minha intervenção com objetividade.

O Governo Fogaça paralisou o tema da reestruturação urbana e o trabalho em relação ao Plano Diretor. Agora, V. Exª e alguns Vereadores da base do Governo Fogaça querem acelerar Porto Alegre com o Plano Diretor. E V. Exª sabe que, para acelerar Porto Alegre, precisamos de projeto, de qualidade, precisamos de proposta política, precisamos de convencimento, coisas que o Governo Fogaça não fez nos quatro anos de Governo com o tema do Plano Diretor. Tanto que V. Exª foi o Relator da matéria na Casa. E o que V. Exª fez? Apresentou um Substitutivo, apresentou um outro Projeto ao Projeto do Executivo, dizendo que o Projeto não tem qualidade. O que veio para a Casa não tem qualidade, pois não tratou da qualificação urbana. E, agora, no final da gestão, na véspera da disputa do 2º turno, apresenta um tema como este, que quer fazer Emendas à Lei n° 434, que é a Lei do Plano Diretor. Portanto, está desfocado, politicamente equivocado e tecnicamente desajustado. O Ver. João Carlos Nedel e os demais colegas Vereadores - se têm a compreensão - deveriam levar isso para dentro do processo do Plano Diretor, e não apresentar um novo Projeto de Lei.

Concluo dizendo que o Governo Fogaça, mais uma vez, demonstra a sua incapacidade de gerenciar a Cidade no tema urbanístico. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.

Coloco em votação as Atas da 78ª e 79ª Sessões Ordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu gostaria de informar que não estava presente na Ordem do Dia porque, desde as 14 horas, estava em reunião com o Secretário Municipal de Segurança, Secretário Seadi, e com a Direção da Escola Mariano Becker tratando de um problema grave de segurança. Depois, por escrito, solicitarei a representação da Presidência.

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Vereadora.

Convido os nobres colegas Vereadores Líderes de Bancadas para Reunião de Mesa, que está pré-agendada, irá realizar-se em seguida.

Nada mais havendo a tratar, encerro os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h18min.)

 

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